Foram demitidos 4.646 trabalhadores, chegando ao 32º mês consecutivo de cortes
de: Assessoria de imprensa SindusCon-SP
A variação na redução do número de postos de trabalho na construção civil no mês de maio foi de 0,19%, resultando em queda pouco superior à de abril, que ficou em 0,04% em relação a março. O mês de maio é o 32º, consecutivo, em que são realizadas demissões na construção civil, que perdeu mais 4.646 trabalhadores.
O estoque de trabalhadores no setor foi reduzido para pouco mais de 2,4 milhões. Em 12 meses, a queda foi de 12,07%. Em outubro de 2014, primeiro mês de variação negativa, o estoque era de 3,57 milhões. Desconsiderando os efeitos sazonais*, a queda é de 0,48%.
Os dados são da pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).
O nível de emprego na construção segue caindo nas três maiores regiões do país empregadoras de mão de obra (Nordeste, Sudeste e Sul) e na maioria das regiões do Estado de São Paulo, observa o vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan. “Se há algum descolamento da economia real da crise política, isso ainda não chegou à indústria da construção como um todo”, comenta.
Segmentação
Em maio, na comparação com abril, os segmentos que mais apresentaram queda foram Imobiliário (-0,8%) e Outros Serviços (-0,62%). Apresentaram alta no mês Infraestrutura (1,37%) e Preparação de Terreno (0,26%).
Em 12 meses, as maiores baixas são Imobiliário (-15,52%) e Obras de Acabamento (-12,70%).
Por regiões
Das cinco regiões do Brasil, três registraram queda: Sudeste (-0,42%), Nordeste (-0,25%) e Sul (-0,08%). Os piores números no Sudeste foram registrados em São Paulo (-0,72%) e no Rio de Janeiro (-0,64%). No Nordeste, os estados que tiveram quedas mais significativas foram Sergipe (-1,49%) e Pernambuco (-1,06%). No Sul, tiveram pior desempenho Rio Grande do Sul (-0,6%) e Santa Catarina (-0,27).
Já as regiões Norte e Centro-Oeste registraram alta de 0,69 e 0,61, respectivamente. Os estados de Roraima (3,79%) e Tocantins (3,27%) puxaram os números do Norte. No Centro-Oeste os estados de Mato Grosso (1,87%) e Goiás (1,34%)
Emprego por regiões do Brasil (maio 2017) | ||
Região | Variação Mensal (%) | Variação absoluta do estoque |
Centro-Oeste | 0,61 | 197.332 |
Nordeste | -0,25 | 485.990 |
Norte | 0,69 | 132.930 |
Sudeste | -0,42 | 1.245.666 |
Sul | -0,08 | 404.846 |
Brasil (Total) | -0,19 | 2.466.764 |
** Os dados da tabela consideram os fatores sazonais
Estado de São Paulo
No Estado de São Paulo, o mês de maio encerrou com estoque de 679.537, queda de 0,72% em relação abril, com perda de 4.940 vagas. Em 12 meses a construção paulista acumula perdas de 83.577 postos de trabalho.
Na avaliação segmentada, os itens Outros serviços (-1,49%) e Imobiliário (-1,33%) foram os que mais demitiram. Por outro lado, os segmentos Infraestrutura (0,66%) e Preparação de Terreno (0,13%) tiveram resultados positivos.
Entre as Regionais do SindusCon-SP, as maiores altas foram em Santo André (0,47%) e Bauru (0,3%). As baixas mais significativas foram registradas em Sorocaba (-1,69%) e Presidente Prudente (-1,37%).
Emprego por regiões do Estado de São Paulo (maio de 2017)** | ||
Região | Variação Mensal (%) | Variação Absoluta do Estoque |
Bauru | 0,30 | 89 |
Campinas | -0,05 | -39 |
Presidente Prudente | -1,37 | -120 |
Ribeirão Preto | -0,93 | -451 |
Santo André | 0,47 | 189 |
Santos | -1,15 | -229 |
São José do Rio Preto | -1,33 | -391 |
São José dos Campos | -1,02 | -591 |
São Paulo (sede) | -0,70 | -2.074 |
Sorocaba | -1,69 | -1323 |
** Os dados da tabela consideram os fatores sazonais
*A dessazonalização é um tratamento estatístico que tem como objetivo retirar efeitos que tipicamente acontecem em um mesmo período do ano.